O Direito está inserido nas ciências sociais, reconhecido como conservador e com paradigmas de atuação estabelecidos. Acontece que mudanças se apresentam na forma de Legal Design e Visual Law, ainda visando promover tudo que é justo na legislação vigente, mas de forma mais dinâmica e facilitada.
O mundo está evoluindo constantemente e, de fato, a sociedade vive em um momento que tudo se mostra mais urgente e instantâneo, com a necessidade de informações imediatas.
Os consumidores de hoje, tanto indivíduos quanto empresas, esperam que a experiência com o serviço jurídico seja tão fácil quanto pedir uma refeição por aplicativo.
Soma-se a isso as alterações provocadas pela digitalização e a globalização, o que promove a agilidade e a adaptabilidade, revelando um marco para todos os modelos de negócios, como representantes comerciais de câmara fria para o setor privado.
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Metodologias que transformam pensar o Direito
Dessa forma, é chegada a hora de inovar na área do Direito, com a aplicação de Legal Design e Visual Law.
Ou melhor, design jurídico e lei visual, em tradução livre, respectivamente, para atender ao novo mercado legislativo.
São metodologias atuais, que reforçam um novo estado de espírito para colocar o Direito em prática de forma mais impactante, simplificando o acesso dos profissionais, clientes e demais envolvidos.
A inovação tornou-se uma questão crucial para todas as organizações:
- Advogados autônomos;
- Escritórios de advocacia;
- Gestões públicas;
- Processos corporativos.
As necessidades dos clientes, individuais e corporativistas, mudaram com o tempo. O que se espera de profissionais que atuam na área do Direito é uma soma que resulta em um valor agregado, garantindo melhorias técnicas processuais.
Isso é proposto pelas novas metodologias de Legal Design e Visual Law, mas também inclui o conhecimento de ferramentas tecnológicas para tornar os processos mais eficientes e produtivos.
Junto a tudo isso, há a criação de um feedback espontâneo e natural, realização de projetos de otimização de processos, como em uma clínica que oferece cirurgia de catarata preço acessível à população.
Assim, os profissionais buscam melhorias de transformação e incrementam da melhor maneira para executarem as funções com maestria.
Sendo assim, o melhor é entender, de forma pontual, do que se trata o Legal Design e Visual Law de maneira individual.
Legal Design prioriza a informação jurídica
O conceito de Legal Design, ou design jurídico, nasceu no Laboratório de Direito da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
Acontece que, quando se olha para o passado, é possível observar traços de desenho jurídico ainda na Idade Média, em que foi apresentado a “arbor juris”, ou Árvore do Direito.
Esse diagrama apresenta as relações entre as pessoas para assuntos como:
- Casamento;
- Filiação;
- Herança;
- Sucessão.
O design jurídico pode ser definido como uma metodologia que permite priorizar a informação jurídica e torná-la mais acessível por meio de uma grade de leitura visual.
Importante esclarecer que o design jurídico não substitui os textos jurídicos, mas facilita a leitura e destaca os pontos mais importantes. Assim como a manutenção de elevadores em um ambiente que a logística é integrada ao modelo de negócio.
Ou seja, um redirecionamento para o texto completo é possível conforme a implementação de ferramentas interativas.
Visual Law transforma legislação em gráficos
A metodologia de Visual Law, ou lei visual, pega informações jurídicas complicadas e as transmite em gráficos claros, compreensíveis e de forma reduzida, em vez das muitas palavras que compõem uma legislação completa.
O objetivo da lei visual inclui muitas alternativas para tornar os temas complexos do jurídico em uma forma mais compreensiva, relevante e humanizada.
Assim, é possível destacar informações importante utilizando dicas visuais, como:
- Cores;
- Formas;
- Tamanhos;
- Orientações;
- Posicionamentos.
A lei visual também permite transformar as palavras em infográficos, fluxogramas e tabelas, a fim de melhorar a forma como os dados legais são apresentados graficamente, explorando o layout de página e as diversas tipografias.
As novas mídias se adequam muito bem quando se trata de lei visual, pois muitos profissionais buscam passar informações jurídicas por novos gêneros, facilitando a compreensão daqueles que buscam pelo serviço, como otimizando os processos legais e compreensão dos documentos.
Até mesmo a produção de vídeos voltados para pessoas leigas que querem aprender sobre assessoria contábil e legislação faz parte da implementação de inovações para melhorar o acesso a mais conhecimento.
Na verdade, o objetivo é apresentar a informação de uma forma que o cérebro humano possa consumir esses materiais e entender de uma maneira eficaz, mesmo sem compreender os pormenores e termos técnicos da área, identificando como pode contribuir.
A ideia principal, então, é aplicar elementos visuais a todos os tipos de documentos legais, como contratos, resumos, cartas, instruções, petições, reivindicações, entre outros, como certidões, registros e escrituras, melhorando a comunicação como um todo.
Há profissionais que exploram, ainda, fluxogramas de decisões e implicações, o que complementa, ao invés de substituir, a escrita jurídica.
O que uma pessoa deseja, ao se encontrar diante de um documento jurídico, é entender o que tudo aquilo está dizendo, o que vai significar para a vida dela, e quais são as opções a seguir, como a transformação digital nas empresas entende a necessidade de seu paciente.
Por isso é chegada a hora de implementar Legal Design e Visual Law e abrir espaço para outras formas de comunicação, e apresentar os conselhos jurídicos de uma forma acessível de fácil compreensão.
Diferenças entre Legal Design e Visual Law
A diferença entre legal design e visual law é que as metodologias de Legal Design e Visual Law estão intimamente relacionadas, mas elas se diferem no conceito final. Ou seja, se relacionam e interdependem, mas consistem em ações distintas.
Em se tratando de design jurídico, esse método se mostra como uma abordagem de empatia, em que a observação é o primeiro passo para identificar as necessidades conscientes e inconscientes dos clientes.
É um processo de exploração que obriga a enxergar o problema como um cliente o está vivenciando de fato, e não parar no que parece óbvio sob o olhar legal sem, de fato, verificar as nuances da situação.
No caso da lei visual, essa se mostra uma abordagem multidisciplinar, em que é preciso criar produtos e serviços jurídicos mais fáceis de usar.
Isso pode ser feito por meio da colaboração de diferentes especialistas, como desenvolvedores de software, psicólogos, antropólogos, designers, e se mostra como a chave para soluções inovadoras e globais.
Para reforçar essas ideias, é preciso destacar:
- Legal Design
O design jurídico, ou Legal Design, permite que as informações sejam comunicadas de forma clara, acessível e compreensível, a fim de engajar e capacitar as pessoas que estavam acostumadas a textos densos quando se trata de um texto da área do Direito.
- Visual Law
A lei visual, ou Visual Law, é uma maneira de apresentar uma informação legal ou um documento que seja projetado em um modelo gráfico.
É realmente importante em termos de impacto psicológico na concentração e memorização das informações e dados apresentados para quem quer que seja.
Legal Design e Visual Law na prática
Com as mudanças implementadas pelas metodologias propostas via Legal Design e Visual Law, há diversas iniciativas de profissionais e organizações jurídicas que integram a abordagem inovadora para atender às expectativas da sociedade.
- Advogados e escritórios de advocacia
A forma de pensar de profissionais da área de Direito e os escritórios de advocacia, de uma forma geral, é que a estrutura se mostra rígida e piramidal, com relações horizontais e muito pouco espaço para troca de ideias construtivas entre sócios e associados.
Isso acaba esbarrando até mesmo no tratamento aos clientes e, por isso, a implementação de Legal Design e Visual Law promove mudanças significativas.
A presença dessas metodologias impacta nos relacionamentos internos e alcança os clientes, tornando os processos mais ágeis e compreensíveis, que podem reunir diversas ideias e soluções de forma conjunta.
- Empresas e corporações privadas
Os advogados internos produzem códigos de conduta, cartas, regulamentos internos, programas de conformidade que, muitas vezes, são ignorados de forma solene pelos diferentes setores de uma empresa.
Afinal, esses documentos nem sempre protegem os interesses de uma empresa que trabalha com locação de deck para piscina se não forem devidamente compreendidos pelas equipes operacionais.
Com a aplicação de Legal Design e Visual Law é possível desenvolver uma plataforma de colaboração entre setores, o que permite a reformulação de política de proteção de dados e outros interesses corporativos em um site exclusivo para funcionários.
Isso permite uma experiência de usuário que maximiza a compreensão da legislação por meio de diferentes processos de design jurídico e lei visual.
- Setores públicos
Nas administrações públicas, a transparência e a clareza das informações são uma questão de acesso e clareza por parte da sociedade.
No entanto, é possível verificar que a legislação que aparece diariamente se mostra incompreensível e ininteligível para pessoas leigas.
Por isso é preciso observar os setores públicos que promovem iniciativas administrativas, ou mesmo governos, nas mais diferentes esferas, que priorizam o acesso à lei. E isso deve passar a ser mais comum do que se imagina.
Conclusão
As valiosas ferramentas de Legal Design e Visual Law estão à disposição dos profissionais de Direito para tornar a informação jurídica mais acessível. Tudo isso voltado a uma sociedade em que o indivíduo está cada vez mais sem tempo.
Afinal, os consumidores levam muito tempo para ler todo o conteúdo legal sobre o que lhes diz respeito antes de aceitar um contrato.
Por fim, vale ressaltar que o design jurídico e a lei visual não pretendem substituir os textos legais.
Pelo contrário, essas metodologias criam ferramentas que complementarão as leis para facilitar a leitura de contratos de uma fábrica que produz portões de chapa, por exemplo, de uma forma geral.
No entanto, é preciso estar atento a certos excessos desses processos, isso de modo que a leitura facilitada e a informação priorizada para destacar pontos importantes, não torne outros pontos secundários negligenciados ou, pior, deliberadamente ocultados.
O documento e suas especificações, categorias e limitações precisam estar bem estabelecidos e em formato claro.
O melhor dos dois mundos é manter uma legislação equivalente em todos os sentidos, assim como aponta a balança da Justiça.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Business Connection, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.