Organização financeira é um desafio para muita gente. E isso tem desdobramentos diversos, como nível de endividamento, ficar com o nome sujo, recorrer a diferentes cartões e empréstimos, entre outros exemplos.
De acordo com dados levantados pela SPC Brasil, uma organização de gestão e inteligência de dados, menos da metade (45,8%) dos indivíduos não controla o seu orçamento de forma sistemática e organizada. E 47,2% não sabem quanto pagam de juros em compras parceladas. Essa pesquisa ouviu 804 consumidores com idade acima de 18 anos, de todas as classes sociais e gêneros, nas 27 capitais brasileiras.
Por isso, a ideia de investimentos em renda fixa e outras opções pode ser uma maneira de poupar dinheiro e aumentar a reserva financeira. Veja como investir tendo pouco dinheiro.
Organização das finanças
O primeiro passo para conseguir pensar em investimento é organizar as suas finanças. Isso envolve ter clareza de qual é a quantia de que você dispõe a cada mês, saber quais são seus gastos fixos e variáveis, revisar quais gastos podem ser reduzidos ou cortados, quitar dívidas em atraso e definir um orçamento máximo para gastar (e manter a disciplina para respeitá-lo).
Organização financeira é fundamental por várias razões. Uma delas é reduzir os riscos de sair endividado (e se afundar em dívidas). Outra é conseguir criar aos poucos uma reserva financeira e, com isso, lidar com gastos imprevistos que podem envolver questões sérias, como saúde ou perdas de renda (que ocorre com a perda de um emprego, por exemplo).
Essa reserva deve ser equivalente ao valor de que você precisa para se manter por até 12 meses. Para garantir acesso imediato ao dinheiro em emergências, é preciso investir em modalidades com baixo risco e alta liquidez, como CDBs, títulos públicos — para falar dos mais populares, mas existem outros.
Perfil do investidor
Outra etapa fundamental é reconhecer qual é o seu perfil como investidor. Esse perfil pode ser mais conservador, moderado ou mais arrojado (com mais tolerância ao risco). Uma vez que conhece o seu perfil, você pode escolher as opções de investimento que melhor atendem os seus interesses.
Para descobrir isso, basta responder aos questionários que as corretoras geralmente oferecem para te ajudar a buscar os tipos de investimentos mais adequados para as suas possibilidades e interesses.
Valor e diversificação de aportes
Também é essencial definir um valor inicial para investir e a parcela mensal da sua renda que deve ser direcionada aos investimentos, a fim de impulsionar o seu patrimônio.
Por fim, é vital diversificar os investimentos, a fim de não concentrar toda a sua renda em uma única modalidade de investimento, pois se houver qualquer problema com a modalidade escolhida, você corre o risco de ter enormes perdas. Diversificar os tipos de investimentos procurados ajuda a equilibrar riscos.
O que é renda fixa
Esse tipo de investimento é recomendado para quem busca bons retornos com segurança. Quem investe em renda fixa empresta dinheiro ao emissor do papel, seja ele um governo, seja uma empresa (bancos ou outras). E, em troca, recebe uma remuneração com juros após um certo prazo de tempo.
Desde o início, as condições dessa transação são deixadas claras e acertadas, tais como: taxas, prazos e detalhes sobre a negociação dos papéis. Por isso, uma primeira dica ao optar por investir em renda fixa é verificar com cautela todas as condições da transação e ver a taxa e o tempo que são mais adequados e interessantes para você.
Investir é um processo que demanda se organizar financeiramente, rever gastos, buscar mais informações sobre tipos de investimentos, analisar suas possibilidades e objetivos e acompanhar o rendimento de cada um deles. É possível investir mesmo com pouco dinheiro, mas é necessário buscar conhecimento, além de profissionais para te ajudar a fazer isso.